Em geral, queremos manter os relacionamentos, mas e se o relacionamento estiver desgastado e se não há mais cumplicidade, parceria e objetivos comuns?
O que fazer? Manter as coisas como estão para não sofrer / causar sofrimento ou ir à busca da felicidade? Acabar ou continuar tentando?
Algumas questões devem ser analisadas: a situação é passageira? Qual a origem da dificuldade: financeira, sexual, interferência de terceiros? Há possibilidade do retorno àqueles momentos de realização e felicidade? Ruim com ele pior sem ele?
Como a resposta será para si mesmo, será bobagem mentir, mas tais respostas sustentarão uma importante decisão!
A base de qualquer relacionamento é a certeza de que na sua continuidade, você estará evoluindo. Grande parte dos relacionamentos termina porque o desejo sexual diminui. Se esta for a causa, fique atento porque se o relacionamento for duradouro, fatalmente o desejo sexual diminuirá. Também não espere que o outro seja aquilo que você gostaria que fosse! No mais perfeito relacionamento, as pessoas conservam a própria individualidade.
Também não esqueça que você, o outro e tudo ao redor, está sempre em movimento. O grande temor em terminar um relacionamento e, paradoxalmente, a grande motivação em mantê-los, é o medo da perda.
Freud escreveu textos famosos sobre o luto e a melancolia, sentimentos que se seguem as perdas. Escreveu também sobre a transitoriedade dos sentimentos e objetos, defendendo a idéia de que exatamente porque eram transitórios deveriam ser valorizados e haver certeza de que teriam fim.
O mesmo acontece com os relacionamentos. Sempre serão transitórios, na medida em que são mutáveis. Pergunte a alguém com um longo relacionamento se o desejo sexual do início não tem hoje outra dimensão? Não se apegue a objetos ou sentimentos perdidos.
O passado é um ótimo Mestre, mas pode se transformar em um carcereiro impiedoso.
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