Muito do que tenho escrito diz respeito a forma como vemos o mundo e como isso nos afeta.
Quer você prefira um dia ensolarado ou um dia chuvoso, o sol despontará no horizonte, ainda que você não o veja. E de pouco adiantará você maldizê-lo ou ficar feliz. Ele cumprirá sua trajetória, naquele dia e em todos os outros.
O amanhecer pode ser lindo para quem for iniciar a viagem tão sonhada e muito triste para quem for levar o corpo do ente amado ao cemitério. Assim também é a morte: pode ser um alívio para o moribundo e o desespero para quem ficou.
Temos então que os fatos ocorrem independentemente da nossa vontade, mas podemos interpretá-los de acordo com a nossa conveniência, AINDA QUE, tal interpretação sofra forte influência de motivos inconscientes.
É fato incontroverso que só conseguimos viver em sociedade e que por isso somos atacados (não é exagero, é ataque mesmo) com a promessa de incontáveis ofertas de prazer. Tudo o que nos oferecem dará prazer, mas é omitido que será cobrado um preço por isso: comemos e engordamos; consumimos e nos endividamos, criamos relações e sofremos.
E aí surge o conflito. Enquanto estou com ele é ótimo, mas depois…; ele é um marido excelente, mas sexualmente…; quero assumir minha sexualidade, mas minha família…
Então o que fazer? Os fatos e as pessoas são como são e você os verá e interpretará de acordo com as suas conveniências e necessidades. Cabe a você aceitá-los ou chutar o balde, mas sempre existe a terceira opção.
Tenha em mente que você não é super-herói de revista em quadrinhos e o que é ruim em Bangu, pode ser ótimo em Ipanema, e vice-versa.
A questão é como transformar essa realidade e para isso é necessário se conhecer e perceber seus motivos inconscientes.
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