Mãe e filho

A relação mãe / filho é uma das mais ricas e importantes para o nosso bem-estar psíquico.

Desde a fertilização do óvulo, o corpo da mãe sofre contínuas e bruscas mudanças e se modifica muito com o crescimento do feto. Essas mudanças são de todo gênero, afetando inclusive, e muito, o estado emocional da mãe, que para muitos, é transmitido ao feto.

O feto é um parasita do corpo da mãe e só se desenvolve “roubando” os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Tudo o que a mãe consome, influencia o feto, para o bem e para o mal e o feto não tem como recusar o que lhe está sendo dado.

Também as emoções, sentimentos e o meio ambiente da mãe tem influência sobre o feto, que ao nascer, diferentemente dos outros animais, passará um bom tempo totalmente dependente dos cuidados maternos, que não necessariamente serão prestados pela mãe biológica, mas se prestados por outra cuidadora, no futuro será alvo de indagações.

O ser humano é o animal que tem a infância mais prolongada e nesse período, além do fortalecimento biológico é constituído o seu psiquismo. Neste momento se estabelecem a saúde mental ou as doenças, mas a questão não é sempre de “par ou ímpar”, e na maior parte das vezes há somente um incômodo psíquico.

Muitos fatores provocam esse incômodo e influenciam no nosso bem-estar psíquico, sendo primordial a relação mãe/filho/mãe.

É óbvio que a mãe não é onipotente para resguardar o filho de tudo que o possa influenciar negativamente e ela mesma, conscientemente ou não, pode cometer ou permitir que ocorram alguns fatos que afetarão a saúde psíquica do filho, fatos que serão potencializados pelo ambiente agressivo dos dias de hoje.

O essencial e importante é que percebamos esses incômodos psíquicos que nos acometem e os enfrentemos, antes que afetem a nossa felicidade ou se tornem doenças.