Por Centro Psicanalise Freud em 20/04/2022
Doenças

Boa parte das pessoas que procuram tratamento psíquico, já têm instalado no corpo algum sintoma do sofrimento psíquico que as aflige, sintoma este que é diagnosticado como sendo uma doença. Boa parte dessas pessoas, após percorrer um longo caminho em que passaram por algumas especialidades médicas, tendo realizado exames diversos, e experimentado várias drogas farmacêuticas, passam a desconfiar que somente este caminho não vai curá-las, ou mais raramente, são comunicadas que a sua “doença” não tem causa física e são orientadas a procurar tratamento psíquico.

Em função desse tempo que dispenderam, o que era um sintoma psíquico, pode ter se tornado uma doença, real e concreta. Aquela dor, aquela sensação ruim, aquela mancha, que eram pedidos de ajuda do inconsciente estampadas no corpo, se transformam em doenças reais e agora há duas questões a serem tratadas: a doença física, que antes era somente um sintoma psíquico, e, a origem do sofrimento psíquico que permanece e que acabou por causar a doença.

O senso comum acredita que sofrimento psíquico é algo muito próximo da “loucura” e é comum que a pessoa ao saber que tem uma doença, passe a conviver com ela, deixando de lado o tratamento psíquico, que deu origem, e mantém a doença.

Devido a cultura que compartilhamos, sempre buscamos racionalizar os fatos da vida e assim, ao sentirmos qualquer tipo de dor, reagimos buscando uma causa física, que mesmo que não seja encontrada, resultará na ingestão de drogas farmacêuticas. A dor é atenuada, mas a origem dessa dor permanece inalcançável.

Essa foi a grande descoberta do Freud: não só as “doenças”, mas muito do que acontece conosco, por não sermos senhores dos nossos atos, tem origem no inconsciente.

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