No inicio da humanidade a morte era uma CONSEQÜÊNCIA da vida. A maioria das pessoas morria em casa e eram veladas na sala de visitas, com direito a café e bolo. Morrer era uma natural conseqüência de estar vivo. O morto era enterrado e os vivos ficavam tristes, durante um tempo e depois a vida seguia.
A única morte que assustava, e hoje assusta mais ainda, era a morte violenta e esse tipo de morte se tornou fonte de riquezas. Uma grande indústria se dedica a ela, em especial a mídia. Em qualquer dia, hora e lugar só se propaga a morte violenta, que passou a ser tida como inevitável. Este modo de ver a morte criou outra mina de ouro inesgotável: se a morte está na esquina e provavelmente será violenta, vamos viver tudo o mais rapidamente possível, sem limites ou pudor.
Temos que TER tudo, amar loucamente, conhecer todos os prazeres, antes que uma bala perdida nos encontre.
Como não conseguimos tudo o QUE DIZEM que temos que ter, surge a ansiedade, a angustia e a frustração, QUE DIZEM, somente as drogas podem acalmar. Esse mal estar se torna tão presente que se instala no corpo: são as doenças psicossomáticas.
E por medo da morte, tornamos a vida insuportável. Permitimos que o OUTRO dite as condições da nossa vida. Rejeitamos relações que o OUTRO não aprovaria; levamos um tipo de vida que o OUTRO acha adequado; compramos coisas para que o OUTRO veja que as temos. Fazemos do OUTRO o instrumento da morte em nossa vida. Rejeite isso. Faça do outro um aliado, um companheiro de alegrias e felicidade. Tenha o que for necessário, nada mais. Trabalhe o que for suficientemente necessário, nada mais. Dispense a “rede social” e fortaleça a amizade na rua, na escola e no trabalho. Cultive o ócio produtivo. Leia. Jogue a TV no lixo.
Pesquise o que é Serendipidade.
Seja quem você gostaria de ser, fazendo o que lhe agrada, ao lado de quem te ama e a morte que se dane, pois não vai te encontrar encolhido e assustado, MAS FELIZ.
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